A noite as coisas sempre se tornam mais intensas e, em meio à um turbilhão de sentimentos, ela quis sua presença, quis que ele fosse a calma que ela precisava. Verdade que a forma do pedido não pedido gerou uma dualidade de sensações só dissipadas por seu olhar, aquele olhar de “que bom que você veio” misturado com a tristeza que a consumia.
Segurá-la em seu colo, dar-lhe carinho, cuidar de suas feridas, esclarecer dúvidas, algo que só o sentimento verdadeiro proporciona. A música, os beijos, o calor dela em seus braços e seu olhar dizendo que era ele a sua escolha, não há como descrever a quantidade de sensações correndo seu coração neste momento. A noite passava enquanto conversavam, seus olhos já viam dificuldade em manter-se abertos, levou-a para cama, mas a vontade de ambos em ter um ao outro não permitiria que dormissem, ao invés disto, tomados por esta tensão, tomados pelo sentir, entrelaçaram os corpos como quem quer tornar-se um, com aquela urgência que só o desejo pode causar.
O prazer era intenso mas ela queria mais e mais, a cada vez ela parecia mais hábil em recuperar as forças dele, variadas formas tornaram tudo mais forte e ele se sentia entregue. Sentiu-se seguro para contar-lhe seus sonhos, embora soubesse que tudo faz parte de uma construção e que ela ainda não estava pronta a realiza-los. O toque acendia as fagulhas do desejo e foi então que ela instigou seu lado B a toma-la pra si e ele a tomou, com uma força e uma fúria com a qual nunca havia tomado ninguém, ele pode ver que ela gostava e ansiava mais e quanto mais percebia isto, mais aquilo se fortalecia e mais ele deixava livre a fúria dentro de si para que o prazer dela fosse completo.
Finalmente dormiram, ele demorou um pouco mais, preferia observa-la e pôde perceber que ela realmente era tudo que ele queria, que era um homem de sorte por ter alguém como ela ao seu lado. Pela manhã, observou um sorriso contido no rosto dela e sentiu-se feliz por participar daquele momento, ela era cada dia mais dele e ele cada dia mais dela.
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